Na última reunião do Comitê de Política Monetária - COPOM, encerrada em 08/05, foi decidida uma redução de 0,25 pontos percentuais na taxa de juros, levando a Selic para 10,50% ao ano.

Antes da decisão, havia uma divisão de opiniões tanto no mercado financeiro quanto entre os membros do comitê. Enquanto alguns esperavam uma redução de 0,50 pontos percentuais, a decisão final foi de um corte de 0,25 pontos. Isso reflete o aumento da incerteza desde a última reunião em março, que se deve a alguns fatores.

Um desses fatores é a demora no início da redução da taxa de juros nos Estados Unidos. O banco central americano decidiu manter a taxa entre 5,25% e 5,50% ao ano, o que é considerado alto. Isso prejudica o Brasil, já que quem possui dívidas em dólar acaba pagando juros mais altos. Além disso, os grandes investidores tendem a direcionar seus recursos para os EUA devido à atratividade da taxa, o que aumenta o valor do dólar no Brasil e pressiona a inflação. Para combater a inflação, tanto no Brasil quanto nos EUA, é necessário manter taxas de juros mais altas. A inflação nos EUA e o mercado de trabalho aquecido são fatores que justificam a manutenção dos juros altos no país.

Outra fonte de incerteza é a política fiscal no Brasil. A persistência da inflação e a projeção de superávit para 2025, que era de 0,5% do PIB e agora é zero, aumentam as incertezas no longo prazo. Isso faz com que a curva de juros futuros, que reflete as expectativas para a Selic no futuro, também suba. Esse cenário não é favorável para a economia do país e torna mais desafiadora a redução da Selic no curto prazo.

Cautela nos investimentos

Apesar desses desafios, a tendência ainda é de queda na Selic. A área econômica do Sicredi projeta uma taxa de juros de 9,75% ao final de 2024, com a expectativa de mais três cortes de 0,25 pontos até setembro. No entanto, para os investidores, é importante agir com cautela nesse momento de maior incerteza, pois a volatilidade dos ativos de maior risco aumenta, ao mesmo tempo em que a remuneração das aplicações de renda fixa diminui.

Nesse contexto, contar com o apoio da Sicredi Serrana é fundamental para buscar as melhores alternativas de investimento que se encaixem no perfil de cada investidor.* Estar atento aos movimentos do mercado e aproveitar as oportunidades é essencial para fazer o dinheiro render mais.

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Texto: Daniel Kurmann – Assessor de Investimentos da Sicredi Serrana