Após reunião do Comitê de Política Monetária (COPOM), Banco Central anuncia a nova Taxa Selic Meta para os próximos meses
04 de Agosto de 2021
Pela quarta reunião seguida, o Copom aumentou a taxa de juros básica da economia (Selic), elevando-a para 5,25% ao ano. O aumento de 1 ponto percentual (ante a 4,25% a.a) vem ao encontro com o que os economistas esperavam e com as sinalizações do Relatório Focus divulgado na última segunda feira (02.08), que aponta para uma Selic de 7,0 % a.a. no final de 2021.
A decisão foi ocasionada principalmente pela pressão do aumento nos custos e preços que o indicador oficial de inflação do nosso país (o IPCA) vem demonstrando. Desde julho, após a divulgação do IPCA-15 (O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15, prévia do IPCA oficial) o mercado já antecipava o ajuste na Selic.
A projeção para a inflação em 2021 vem se distanciando do teto sinalizado pelo Banco Central. Uma das políticas monetárias previstas para conter o avanço é a elevação da taxa de juros básica da economia.
O centro da meta projetado pelo governo para o ano de 2021 é de 3,75%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 pontos para mais ou para menos (de 2,25% a 5,25%). Acontece que em junho/21, o índice IPCA acumula 3,76% no ano, e com a tendência de aumento nos preços devido à crise hídrica instalada no Brasil, tal índice não possui tendência de diminuição tão rápida.
Para 2022, a projeção do índice IPCA é para 3,81 e cabe destacar que o Relatório Focus trouxe ainda a projeção para o IPCA em 2023, que seguiu em 3,25%. No caso de 2024, a expectativa continuou em 3%. Há quatro semanas, essas projeções eram de 3,25% para ambos os casos.
Com uma taxa de juros maior, a tendência é que se diminua a disponibilidade de moeda e que o custo para empréstimos no mercado fique mais caro. Outro impacto também é na atratividade de novos negócios e empreendimentos, pois uma taxa de juros mais elevada se traduz na expectativa de maiores retornos fora dos investimentos tradicionais do mercado financeiro.
Um dos benefícios da Selic elevada, é a maior atratividade de investimentos no mercado financeiro que estão atreladas a tal índice. Cabe destacar a elevação da remuneração da Poupança Nova (após maio/2012) e de aplicações remuneradas pelo indexador CDI, que com a nova taxa tendem a ficar na base de 5,15% ao ano e 0,41% ao mês, isso se investidas a 100% do índice.
É importante salientar que investimentos em poupança não possuem retenção de Imposto de Renda na fonte, ao contrário de aplicações conhecidas no mercado financeiro, como Depósitos a Prazo (CDB, RDC, Tesouro Direto, etc) e Fundos de Investimentos.
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Texto: Régis Luis Kunzler - Assessor de Negócios da Sicredi Serrana