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SELIC a 11,75%! Copom define nova alta da taxa de juros e aumento vira rotina

16 de Março de 2022

SELIC a 11,75%! Copom define nova alta da taxa de juros e aumento vira rotina

Aprox. 3 min de leitura

Após a reunião ocorrida nos dias 15 e 16, o Comitê de Políticas Monetárias (Copom), vinculado ao Banco Central do Brasil (BACEN), apresentou a nova taxa de juros Selic que norteará nossa economia pelos próximos 45 dias. A decisão elevou a Selic para 11,75% ao ano.

O aumento de 1 ponto percentual não surpreendeu o mercado financeiro e consolida para 2022 o novo ciclo econômico do país. Para fins de comparação, em março de 2021, a Selic era de 2,75% ao ano, ou seja, tivemos um aumento de 8% em apenas doze meses.

O ciclo sinalizado com a decisão demonstra a preocupação com fatores internos e externos: recessão da economia e as inflações doméstica e global.

Quanto à recessão econômica, a tendência é desestimular a produção e o consumo, afetando diretamente a recuperação da economia no curto e médio prazo. Outro impacto é a diminuição da disponibilidade de moeda e a elevação do custo do crédito no mercado.  Setores como o varejo, a construção civil, educação e tecnologia acabarão sendo os principais afetados com os juros.

Uma das grandes causas do aumento da Selic é a inflação, que vem se distanciando do teto previsto pelos Bancos Centrais mundiais. Há uma preocupação dos governos das principais economias em conter a inflação gerada pelos estímulos econômicos realizados nos últimos dois anos.

É claro que a guerra no leste Europeu, entre Rússia e Ucrânia, também influencia na decisão tomada pelo Copom.

Devido ao conflito bélico, o preço de commodities importantes, como o petróleo, níquel, trigo e milho aumentou substancialmente. Também houve interrupções no fluxo de mercadorias na Ásia, produzindo ondas de inflação por todo o mundo por conta das sanções de governos contra a Rússia, que é uma das principais exportadoras de petróleo, energia e fertilizantes para o agronegócio do mundo.

No cenário brasileiro, a alta do petróleo afeta além dos derivados, impactando a cadeia logística de quase todos os produtos, visto que os transportes correspondem a quase 60% de todos os custos envolvidos na produção, segundo a Associação Brasileira de Logística (Aslog).

Para reforçar o aumento e as próximas sinalizações, os dados de inflação de fevereiro não animaram. No último mês, o IPCA subiu 1,01%, frente a uma expectativa de 0,95% dos analistas do mercado financeiro. O percentual é quase o dobro do registrado no mês anterior, que foi de 0,54%.

A postura de aumento da Selic tende a se manter até o final de 2022. Como a Selic é o principal instrumento de controle da inflação, a qual está fora da meta, novos aumentos deverão ser feitos. Com um olhar de médio prazo, caso as medidas surtirem efeito positivo, um ciclo de diminuição de taxas poderá ocorrer a partir de 2023, gerando novamente estímulos à atividade econômica no Brasil.

Por outro lado, existe um cenário positivo para quem investe hoje. Com o aumento da taxa Selic, investimentos ligados a ela têm impacto positivo em termos de rentabilidade.

Um investimento tradicional, que está se valorizando com a taxa de juros a 11,75% ao ano é a poupança. Ela deve ter novo aumento em seu indexador básico, a Taxa Referencial (TR). A regra de remuneração da poupança nova é de TR + 0,50% ao mês, isso quando a taxa Selic está acima de 8,5% ao ano.

A Taxa Referencial (TR), muito utilizada para remunerar negociações de títulos públicos federais e indexar contratos de crédito imobiliário no Brasil, passa a ter uma correção diária. Como a previsão para os depósitos realizados em janeiro na poupança, e considerando uma média da TR do mês, a remuneração da poupança deverá ficar na média de 0,63% (0,50% + TR). Essa remuneração dependerá da data de aniversário do seu depósito (30 dias) e da TR do período.

Para quem quiser aprofundar-se sobre a rentabilidade da poupança, deixamos um link do Banco Central demonstrando o histórico da remuneração dos depósitos (clique aqui).

Uma maior rentabilidade também será notada nas aplicações de renda fixa pós fixadas. Aplicações remuneradas pelo indexador CDI/DI (principal índice da Renda Fixa utilizado para remunerar CDBs, RDCs, LCAs e outros títulos), devem ficar em fevereiro na faixa de 0,97 % ao mês, isso se investidas a 100% do índice, sem considerar o desconto de imposto de renda.

É importante salientar que investimentos em poupança e LCA não possuem retenção de imposto de renda na fonte, ao contrário de aplicações de renda fixa conhecidas no mercado financeiro, como depósitos a prazo (Sicredinvest, CDBs), tesouro direto e fundos de investimento.

Conte com as nossas equipes para auxiliá-lo nas melhores decisões de investimentos de acordo com o seu perfil e objetivos!

Texto: Régis Luis Kunzler - Assessor de Negócios da Sicredi Serrana

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