Seguindo as expectativas do mercado, Banco Central anuncia novo aumento da Taxa Selic para os próximos meses
22 de Setembro de 2021
Pela quinta reunião seguida, o Copom (Comitê de Políticas Monetárias) aumentou a taxa de juros básica da economia (Selic) para 6,25% a.a. O aumento de 1 p.p. (ante a 5,25% a.a.) está de acordo com o que grande parte do mercado esperava, e com as sinalizações do Relatório Focus divulgado na última segunda-feira (20), que aponta para uma Selic de até 8,25 % a.a. ao final de 2021.
O novo aumento segue sendo um reflexo da pressão pela subida nos custos e preços que o indicador oficial de inflação do nosso país (o IPCA) vem demonstrando. Em Agosto, o IPCA-15 (prévia do IPCA oficial) acumulou 0,89% – foi o maior acúmulo registrado para esse mês desde 2002.
E a projeção para a inflação em 2021? Como fica?
Bom, ela vem se distanciando do teto previsto pelo Banco Central, e uma das políticas monetárias previstas para conter o avanço é elevando a taxa de juros básica da economia.
O centro da meta projetado pelo governo para o ano de 2021 é de 3,75%, sendo que a margem de tolerância é de 1,5 pontos (de 2,25% a 5,25%), o índice IPCA (base para acompanhamento da meta) acumula alta de 5,81% no ano e de 9,3% nos últimos 12 meses.
A extensão da crise hídrica no país vem sendo o principal fator da inflação nos preços e custos nos últimos meses, e sem uma perspectiva de resolução para o problema, a tendência é continuar impactando diretamente no IPCA. O Brasil possui uma dependência energética das hidrelétricas, representando cerca de 65% do total da matriz, conforme apurado pelo Balanço Energético Nacional Interativo (BEN, 2021).
Com uma taxa de juros maior, a tendência é que se diminua a disponibilidade de moeda e que o custo para empréstimos no mercado fique mais elevado. Outro impacto é desestimular a produção e o consumo, afetando diretamente a recuperação da economia.
Qual o benefício da Selic elevada?
Um dos benefícios é a maior atratividade de investimentos no mercado financeiro que estão atreladas a tal índice. Cabe destacar a elevação da remuneração da Poupança Nova (após maio/2012) e de aplicações remuneradas pelo indexador CDI/DI (principal índice utilizado por Instituições Financeiras), que com a nova taxa tendem a ficar na base de 0,50% a.m., isso se investidas a 100% do índice.
Para quem possui financiamentos com taxas pós-fixadas (variáveis), tendencialmente haverá aumento sobre as próximas parcelas – visto que na maioria dos cálculos das parcelas é utilizado como referência sobre o saldo devedor atualizado, uma taxa pré-fixada (acordada no contrato) + indexador (que normalmente é o CDI ou a Selic).
É importante salientar que investimentos em poupança não possuem retenção de Imposto de Renda na fonte, ao contrário de aplicações conhecidas no mercado financeiro, como Depósitos a Prazo (CDB, RDC, Tesouro Direto, etc) e Fundos de Investimentos.
Conte com nossas equipes para auxiliá-lo nas melhores decisões de investimentos de acordo com o seu perfil e objetivos!
Por: Régis Luis Kunzler- Assessor de Negócios da Sicredi Serrana